A estrada de Hengelo foi escolhida porque necessitava ser reconstruída e por causa da excelente qualidade do ar da região, que permite um acompanhamento preciso dos resultados obtidos com a pavimentação capaz de eliminar os poluentes.
Partindo de um material desenvolvido por pesquisadores japoneses, engenheiros holandeses criaram a primeira "estrada verde".
Mais conhecidos pela sigla NOx, os óxidos de nitrogênio estão entre os mais danosos gases poluentes emitidos na atmosfera, sendo os principais responsáveis pela chamada chuva ácida.
O concreto purificador de ar recebe em sua formulação um aditivo à base de dióxido de titânio. Quando exposto à luz do Sol, o material reage com os óxidos de nitrogênio, transformando-os em nitratos, que são inofensivos ao meio ambiente. Basta uma chuva para que todo o pó inerte seja lavado e a estrada fique limpa de novo.
Ainda em 2008 pesquisadores espanhóis anunciaram a criação de uma técnica diferente daquela que foi desenvolvida pelos holandeses, mas que é igualmente capaz de capturar os poluentes emitidos pelos carros e caminhões, neutralizando-os e evitando que o ar seja contaminado.
O produto a ser misturado ao asfalto, batizado de "noxer", permitirá que, em dias de sol forte, sejam eliminados até 90% dos óxidos de nitrogênio (chamados NOx), os mais danosos poluentes emitidos pelos canos de escapamento de carros e caminhões. Em dias de sol mais fraco, segundo os pesquisadores, a eficiência chega ao 70%.
O composto ativo do material betuminoso que é aplicado sobre o asfalto é o dióxido de titânio, que gera uma reação que captura os óxidos de nitrogênio. O material é usado na forma de um revestimento que se gruda sobre o asfalto. Quando os gases são liberados pelo cano de escapamento, o material gera uma reação química que faz com que esses compostos danosos fiquem grudados sobre o asfalto.
Da mesma forma que acontece na estrada holandesa, uma chuva é suficiente para lavar os resíduos de poluição e fazer com que o material recupere sua capacidade de assimilação.
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