quinta-feira, 6 de junho de 2013

Dois empreendimentos brasileiros estão entre os 18 mais sustentáveis do mundo

Parque da Cidade, em São Paulo, e o Pedra Branca Cidade, em Santa Catarina, aparecem na lista elaborada pelo Climate Positive Development Program

Em ranking elaborado pelo Climate Positive Development Program, iniciativa da Fundação Clinton e do U.S. Green Building Council, dois empreendimentos brasileiros foram escolhidos entre os 18 projetos mais sustentáveis do mundo. São eles: Parque da Cidade, em São Paulo, e Pedra Branca Cidade, situado em Palhoça, em Santa Catarina.

Parque da Cidade, São Paulo

Considerado referência internacional de desenvolvimento urbano e redução da emissão de CO2, o megacomplexo paulista, desenvolvido pela Odebrecht e situado em uma área de 82 mil m² no bairro do Brooklin, conta com prédios residenciais, comerciais, shopping e hotel. Segundo a construtora, por conta de iniciativas sustentáveis, a fase de obras deve economizar R$ 500 mil. Já na operação, o empreendimento terá sistema de captação de energia solar, uso de lâmpadas LED, ar condicionado com sistema para economia de energia elétrica, captação de água da chuva e sanitários com sistema de esgoto a vácuo.

Já o projeto Pedra Branca Cidade, em Palhoça, Santa Catarina, começou a ser desenvolvido no ano de 1997 onde, até então, as terras que compõem o maior e mais desenvolvido empreendimento da região faziam parte de uma fazenda destinada à agropecuária. O projeto de urbanização de 250 hectares possui edifícios dotados de tecnologias alternativas, com certificação ambiental e materiais recicláveis. As ruas priorizam o pedestre e o transporte por bicicletas. O objetivo maior é se tornar uma região com emissão de carbono zero.
Os outros projetos lembrados pelo ranking foram: Victoria Harbour e Barangardo (Austrália), Menlyn Maine (África do Sul), Magok Urban Project (Japão), Mahindra World City e Godrej Garden City (Índia), Panamá Pacífico (Panamá), Project Zero (Polônia), Stockholm Royal Seaport (Suécia), Albert Basin (Irlanda do Norte), Elephant & Castle (Inglaterra) e os empreendimentos americanos Dorckside Green, Ecodistricts, Treasure Island, Oberlin e Waterfront Toronto.

Fonte: Piniweb

terça-feira, 4 de junho de 2013

Cinco projetos sustentáveis recomendados pela ONU


Semana passada, a ONU, através de seu Programa para o Meio Ambiente, publicou um informe sobre a necessidade de se desenvolver infraestruturas sustentáveis nas cidades. Os resultados mostraram que infraestruturas "inteligentes" dispostas em zonas urbanas trazem benefícios econômicos e ambientais.
A parte mais interessante do informe é a descrição detalhada de 30 projetos de várias partes do mundo com modelos e sistemas que podem ser imitados. Vários destes casos estão centrados em inovações que ultimamente tem chamado atenção, tais como o exitoso teleférico em Medelín, a conversão de uma rodovia urbana em parque para pedestres em Seul, e a preocupação com o clima em Portand.
Mas existem outras ideias que vale a pena conhecer melhor. A seguir, cinco casos citados pelo parecer da ONU.

Masdar: A cidade "carbono zero" no deserto.
No sul de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, estão sendo construída Masdar, uma cidade que não emitirá emissões de carbono, de modo a compensar as emissões causadas pela exploração de combustíveis fósseis que ocorre na região. Os edifícios serão envoltos por painéis solares e serão implantados na angulação mais eficiente para  captar a energia do vento.
O sistema de transporte será em vias exclusivas para veículos particulares que funcionarão com energia elétrica. A água pode ser reciclada e os resíduos serão utilizados como fertilizante e fontes de energia.
Frente a todos estes benefícios que outorgaria a cidade, críticos duvidam das ambições do projeto e seu verdadeiro impacto ambiental, uma vez que consideram a ideia "muito enigmática". No entanto, o relatório da ONU considera Masdar "um exemplo de como garantir  o investimento em uma visão sustentável".


Vias exclusivas para ônibus públicos em Lagos
Lagos, na Nigéria, pode ser uma das maiores novas cidades da África, apesar de até há pouco tempo atrás não contar com um sistema de transporte organizado. Em resposta, as autoridades colocaram em prática o sistema "BRT-Lite", com o propósito de diminuir o trânsito e proporcionar um modo de transporte alternativo aos às classes mais pobres.


Devido ao orçamento que não permitia construir pistas exclusivas para os ônibus, os projetistas utilizaram marcações sobre as pistas existentes para oferecer ao menos alguma diferenciação entre as diferentes vias. De acordo com o informe, estima-se que o sistema "BRT-Lite" transporta cerca de 25% dos passageiros da cidade em apenas 4% do número total de veículos.



Växjö: Livre de combustíveis fósseis
Växjö, uma cidade com 82.000 habitantes no sul da Suécia, começou em 1996 um programa livre de combustíveis fósseis cujo objetivo é eliminar as emissões deste tipo de combustível até 2030.  A iniciativa conseguiu teve muita aceitação quanto à calefação das casas, tendo em vista que há alguns anos atrás a cidade subsidiou a conversão dos edifícios antigos aquecidos com combustíveis de petróleo para o sistema que utiliza biomassa.
Hoje em dia, cerca de 90% do combustível para calefação vem da combustão de madeira. No entanto, as emissões do transporte foram mais que um desafio, segundo o informe da ONU. Enquanto que as autoridades da cidade trataram de persuadir os habitantes a adquirir carros de baixo consumo - oferecendo subsídios de compra e estacionamento gratuito - o objetivo é que os habitantes optem pelo transporte coletivo.



Incentivos para reciclagem - Curitiba
A cidade de Curitiba é conhecida por seu sistema de ônibus com vias exclusivas, mas algumas de suas medidas de sustentabilidade mais impressionantes foram originadas em programas de gestão de resíduos. Grande parte deste êxito se deve ao fato da comunidade ter recebido incentivos para reciclar, já que as autoridades entregaram passagens de ônibus em troca de bolsas de resíduos, produtos de hortifruti e materiais para reciclagem.
Ao centrar as campanhas de publicidade nas crianças, a cidade espera fomentar a conservação no futuro. Embora ainda haja um problema com catadores de lixo informais, estas iniciativas de gestão de resíduos estenderam consideravelmente a vida dos aterros em Curitiba.



As mudanças no trânsito em Bangkok
Após a construção da sua primeira rodovia em 1981, Bangkok descobriu a lei fundamental do trânsito nas estradas: mais quilômetros destas significam mais tráfego. Finalmente, depois de anos de luta contra o problema, a capital da Tailândia passou a adotar um sistema de metrô, que no final de 2011 já havia meio milhão de passageiros diários e quatro linhas em construção.
As residências se deslocaram juntamente com o transporte, segundo informe da ONU, cada vez mais voltado às camadas populares. A transição não é um completo êxito, mas a importância do transporte público para o futuro da cidade é mais clara que nunca.


Fonte: Asbea

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